Cistos no joelho
Cistos no joelho
CISTOS GANGLIÔNICOS
Também conhecido como gânglion cístico, trata-se de uma lesão benigna, não tumoral, originada de diversas estruturas do joelho como: ligamentos, tendões e meniscos. A lesão cística é preenchida por líquido sinovial (líquido do joelho) e é comumente visualizada na ressonância magnética. Os cistos gangliônicos podem estar relacionados a abaulamentos palpáveis e alguns graus de desconforto no joelho, porém na maioria dos casos correspondem a lesões assintomáticas. Nos casos raros de se relacionar com sintomas, tais cistos podem ser retirados e levados a análise.
CISTO DE BAKER OU CISTO POPLÍTEO
Muito frequentemente encontrados em exames de ressonância magnética, os cistos de baker ou cistos poplíteos configuram abaulamentos na região posterior do joelho. Frequentemente são clinicamente silenciosos (sem sintomas), porém podem apresentar relação com desconforto posterior a mobilização ou palpação. Alguns estudos de ressonância magnética estimam que cerca de 5 a 20% da população avaliada apresentava cistos poplíteos, porém espera-se que esse número seja mais elevado na população mais velha.
A cápsula posterior do joelho, estrutura que delimita a articulação, apresenta comunicação com uma bursa na região posterior do joelho. Tal comunicação frequentemente funciona como uma válvula unidirecional, fazendo com que o líquido presenta na articulação consiga sair para o cisto/bursa e não consiga retornar. Isso justifica o fato de que encontramos tais cistos de forma bem mais frequente nos pacientes que possuem doença intra-articular que podem cursar com aumento do líquido articular como, por exemplo: lesões meniscais, lesão de LCA, artrite/artrose e doenças inflamatórias. Os sintomas mais comuns são sensação de pressão ou dor na região posterior do joelho, principalmente ao dobrar o joelho ou agachar.
O diagnóstico pode ser realizado através do exame físico, porém é comumente confirmado nos exames de imagem. A ultrassonografia consegue visualizar o cisto, porém a ressonância magnética possui maior capacidade de identificar o cisto poplíteo.
O tratamento na maioria das vezes consiste na observação do quadro. Nos casos em a queixa do paciente é frequente e localizada na região específica, o tratamento cirúrgico pode ser uma opção.
CISTO PERIMENISCAL
É uma variedade de cisto gangliônico associada a uma lesão meniscal. Frequentemente sintomáticos e localizados junto ao menisco, os cistos parameniscais ocorrem mais na região ântero-lateral do joelho. Alguns pacientes podem perceber uma massa palpável e dolorosa na região citada que, muitas vezes, desaparece durante a flexão. O diagnóstico é suspeito durante a consulta e confirmado após o exame de ressonância magnética, na qual se verifica o cisto associado a lesão meniscal geralmente horizontal ou vertical. O tratamento não cirúrgico pode envolver medidas analgésicas ou até uma punção articular com infiltração. O tratamento cirúrgico envolve a retirada do cisto e manejo da lesão meniscal (associado a menores taxas de recidiva da lesão).